ecos de pedra é um projecto dedicado às plantas de climas secos, com destaque para os cactos e outras plantas suculentas, bem como, para as espécies da flora de Portugal e de ecossistemas mediterrânicos em geral.


Inspirado pelas paisagens rochosas, pela vegetação que cresce nas fissuras de rochas e nos solos pedregosos e áridos, através de práticas adequadas, cultivo em vaso e jardim, as plantas características desses ambientes, ou facilito aos interessados, os conhecimentos técnicos que lhes permitam cultivar com sucesso, essas plantas.


Através da fotografia, gostaria de induzir outras pessoas a fascinarem-se pelo mundo das plantas, a despertar o entusiasmo pela botânica e a valorizar o património natural.


- 𝘑𝘰𝘳𝘨𝘦 𝘔𝘰𝘶𝘳𝘢 -


ecos de pedra | blog

Por ecos 26 de outubro de 2025
Esta salva, como o próprio nome sugere, é nativa das Ilhas Canárias. É uma espécie que pode atingir facilmente 2 m de altura e largura. A variedade “ candidissima ”, caracteriza-se por apresentar uma folhagem com maior quantidade de pelos esbranquiçados/acinzentados que a forma típica da espécie, o que lhe confere um aspeto prateado. As folhas, de forma algo triangular, são altamente aromáticas. Quando se encontra em floração, as longas inflorescências, os cálices e brácteas magenta ou púrpura das flores, tornam a planta muito vistosa. É uma espécie muito apropriada para jardins rochosos, jardins mais ou menos secos, bem drenados e ensolarados. Apesar de ter alguma resistência à secura do solo, a aplicação de água adicional no verão, permite prologar a floração, praticamente desde a primavera ao outono e ao mesmo tempo, tornar as plantas mais atraentes. Tem alguma resistência às geadas, aqui no jardim, já passou vários invernos com a temperatura mínima a descer a -4 / -5 º C. Caso se queime com as geadas, um corte a cerca de 20-30 cm do solo, permite que as plantas regenerem facilmente na primavera. Mantendo as plantas em locais bem arejados e drenados, revela bastante resistência a doenças e pragas. Reproduz-se facilmente por semente ou estacaria. É por tudo isto, uma espécie muito adequada para jardins em que haja espaço disponível para crescer na sua plenitude, criando facilmente pontos de interesse, tanto pela folhagem, como pela floração colorida.
Flores de cebola albarrã (drimia maritima)
Por ecos 24 de outubro de 2025
No último dia de setembro, aproveitando o calor que ainda se fazia sentir ao entardecer, os pés fizeram-se ao caminho num pequeno troço da designada Via Romana |PR4, no concelho vizinho de Sardoal. Deixando a viatura no parque de estacionamento da zona industrial, o percurso começa junto à pequena rotunda nas proximidades da Abrangreen. Como os dias são mais curtos, para aproveitar ainda alguma luz decente para tirar fotografias às plantas, era necessário não alongar muito o percurso. Iniciando a marcha a partir da rotunda, seguindo sempre pelo caminho em terra, sem derivações para trilhos laterais, este troço da PR4 – Via Romana alcança a Rua de S. Bartolomeu e termina quando esta intersecta com a EN359/Rua das Flores, que em sentido ascendente leva à localidade de Valhascos. De uma extremidade à outra do percurso distam 1,95 km, ida e volta representa praticamente 4 Km. 
Por ecos 27 de agosto de 2025
Ophrys é um género de orquídeas herbáceas, perenes, permanecendo no período quente e seco do ano, na forma de tubérculos subterrâneos. As folhas, verdes e sem manchas, são ovadas a lanceoladas e estão dispostas helicoidalmente. As flores são muito variáveis consoante as espécies e visualmente muito especiais. A polinização neste género, tem características peculiares, uma vez que as flores fazem lembrar as flores de insectos, na sua cor, aspecto, pilosidade e odor, como os himenópteros (vespas, abelhas, abelhões, etc.). O odor emanado por estas orquídeas, imita o das feromonas femininas dos insectos. Esta semelhança é muito específica, levando um macho de uma espécie, a ser atraído pela flor de uma Ophry s específica e a tentar copular com ela. Nesse processo, as polínias ficam frequentemente aderidas à cabeça ou abdómen do insecto. Mais tarde, quando este visita uma nova flor, deposita lá o pólen, recolhendo ainda novas polínias que seguirão consigo até uma outra flor. A classificação das espécies neste género não é muito consensual, podendo variar muito em grupos como os das O. fusca, O. scolopax e O. tenthredinifera . Em Abrantes, podemos encontrar cinco espécies, sendo que algumas aparecem muito localizadamente e em reduzido número de indivíduos. Por questões de proteção das plantas, não são divulgadas as suas localizações.
Mostrar mais

Contactar