ecos de pedra é um projecto dedicado às plantas de climas secos, com destaque para os cactos e outras plantas suculentas, bem como, para as espécies da flora de Portugal e de ecossistemas mediterrânicos em geral.


Inspirado pelas paisagens rochosas, pela vegetação que cresce nas fissuras de rochas e nos solos pedregosos e áridos, através de práticas adequadas, cultivo em vaso e jardim, as plantas características desses ambientes, ou facilito aos interessados, os conhecimentos técnicos que lhes permitam cultivar com sucesso, essas plantas.


Através da fotografia, gostaria de induzir outras pessoas a fascinarem-se pelo mundo das plantas, a despertar o entusiasmo pela botânica e a valorizar o património natural.


- 𝘑𝘰𝘳𝘨𝘦 𝘔𝘰𝘶𝘳𝘢 -


ecos de pedra | blog

Por ecos 27 de agosto de 2025
Ophrys é um género de orquídeas herbáceas, perenes, permanecendo no período quente e seco do ano, na forma de tubérculos subterrâneos. As folhas, verdes e sem manchas, são ovadas a lanceoladas e estão dispostas helicoidalmente. As flores são muito variáveis consoante as espécies e visualmente muito especiais. A polinização neste género, tem características peculiares, uma vez que as flores fazem lembrar as flores de insectos, na sua cor, aspecto, pilosidade e odor, como os himenópteros (vespas, abelhas, abelhões, etc.). O odor emanado por estas orquídeas, imita o das feromonas femininas dos insectos. Esta semelhança é muito específica, levando um macho de uma espécie, a ser atraído pela flor de uma Ophry s específica e a tentar copular com ela. Nesse processo, as polínias ficam frequentemente aderidas à cabeça ou abdómen do insecto. Mais tarde, quando este visita uma nova flor, deposita lá o pólen, recolhendo ainda novas polínias que seguirão consigo até uma outra flor. A classificação das espécies neste género não é muito consensual, podendo variar muito em grupos como os das O. fusca, O. scolopax e O. tenthredinifera . Em Abrantes, podemos encontrar cinco espécies, sendo que algumas aparecem muito localizadamente e em reduzido número de indivíduos. Por questões de proteção das plantas, não são divulgadas as suas localizações.
Por ecos 25 de agosto de 2025
𝘌𝘶𝘱𝘩𝘰𝘳𝘣𝘪𝘢 𝘣𝘢𝘭𝘴𝘢𝘮𝘪𝘧𝘦𝘳𝘢 Jardim Botânico - Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), Rua da Escola Politécnica Espécie nativa das Ilhas Canárias, oeste de Marrocos e Saara Ocidental. Arbusto semi-suculento, que pode desenvolver-se numa grande diversidade de formas, desde mais ou menos rastejante até uma pequena árvore de 2 (5) m, conforme as condições a que se encontra exposto, geralmente bastante ramificado desde a base. Cresce em zonas rochosas e solos arenosos. É conhecida pela sua resina perfumada (“balsamifera” assim o sugere), sendo utilizada para fins medicinais. Na medicina tradicional, a resina é usada como remédio para várias doenças, incluindo infeções de pele, distúrbios digestivos e problemas respiratórios. É uma espécie muito interessante para cultivo em jardins secos ou de baixa disponibilidade hídrica, em zonas de invernos amenos, livres de geadas. É igualmente procurada, pela facilidade com que se cultiva em vaso, formando exemplares esculturais de bonsai suculentos. https://www.ulisboa.pt/patrimonio/jardim-botanico-de-lisboa https://llifle.com/.../Euphor.../17339/Euphorbia_balsamifera https://www.botanicohub.com/plant.../euphorbia-balsamifera As fotos que se seguem, mostram algumas das plantas notáveis, existentes no Jardim Botânico - Museu Nacional de História Natural. 
Por ecos 20 de agosto de 2025
𝘌𝘶𝘱𝘩𝘰𝘳𝘣𝘪𝘢 𝘱𝘪𝘴𝘤𝘢𝘵𝘰𝘳𝘪𝘢 (figueira-do-inferno) Endémica do Arquipélago da Madeira (Ilhas da Madeira, Porto Santo e Desertas, estando ausente das Ilhas Selvagens) Habita em locais secos, pedregosos e ensolarados, como falésias costeiras ou zonas perturbadas a baixas altitudes, quentes e de menor pluviosidade do arquipélago, indo do nível do mar até cerca de 300 (600) m de altitude. Arbusto suculento de uns 2 m de altura, copa de aspecto arredondado, formada por caules bastante ramificados. As folhas encontram-se nos ápices dos ramos e os caules ficam praticamente sem elas, nos períodos quentes e secos. Floresce de janeiro a agosto, as flores amarelas-esverdeadas (a vermelho-escuro) dão lugar aos frutos (cápsulas) de cor avermelhada quando maduros, onde se inserem as sementes. Os nectários das flores, produzem uma substância que atrai as moscas e outros insectos, promovendo assim a sua polinização. O epíteto “piscatoria” foi atribuído em referência ao uso do seu látex, para atordoar os peixes presos em cavidades de rocha, cheias de água à beira-mar pela subida das marés. Espécie de elevado potencial ornamental, especialmente para quem se interessa por plantas suculentas ou caudiciformes. Pode cultivar-se no exterior, mas apenas em jardins costeiros ou zonas sem geadas, em solos bem drenados ou jardins rochosos, ou em vaso, possibilitando a recolha das plantas para abrigo nos dias em que se preveja a queda de geada. Propaga-se facilmente por sementes. Outras leituras: Árvores e Arbustos de Portugal https://www.arvoresearbustosdeportugal.com/.../figueira.../ Flora-On Madeira https://madeira.flora-on.pt/?q=Euphorbia+piscatoria BioDiversity4All – fotos da espécie na natureza https://www.biodiversity4all.org/.../342090.../browse_photos Dias com Árvores https://dias-com-arvores.blogspot.com/.../pescando-em... Fotos 1 a 5: Jardim Garcia de Orta, Parque das Nações, Lisboa | março 2024
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